Como se vão estruturar as cidades resilientes, que são capazes de se reinventar e adaptar constantemente?
Desafiámos personalidades que admiramos a refletir sobre a ideia de cidade do futuro, não só numa perspectiva urbanista, mas também na forma como se encoraja a vivência em comunidade. A redefinição do mundo dos transportes, com os veículos autónomos, a importância do peão e, até, a pandemia vão ser transformadores radicais das novas cidades.
A cultura e a educação sempre foram temas associados à dimensão da urbe, até como construtor de uma identidade de uma comunidade. Mas a sua forma de marcar presença nas cidades está a mudar. Por um lado a educação atravessa uma fase de questionamento sobre a sua forma de estar estruturada. Por outro a cultura ocupa um lugar cada vez mais central na coesão de uma comunidade, mas atomiza-se na diversidade de áreas, obrigando a uma reflexão sobre os espaços físicos que podem ocupar.
Esta é uma época em que muitos dogmas são colocados em causa. Desde a ideia do humanismo como forma de superioridade dos humanos em relação à natureza, passando pela valorização do pensamento holístico ou as reflexões sobre a importância da saúde mental no contexto do dia-a-dia ou, mesmo, as consequências actuais da herança histórica de um povo. Como pode esse novo pensamento humano afectar a definição das comunidades futuras?
Já não há volta a dar sobre a importância fundamental que a opção online vai ocupar na vida das pessoas. Se isso já era evidente há uns anos atrás, hoje, como resultado da pandemia, tornou-se inquestionável.
De que forma a dimensão digital e virtual vai impactar na construção das cidades onde todos queremos viver?